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AMOR TRANSFORMADOR - o que mudou em você, depois de se tornar mãe?

Quando eu ouvia "Ter filhos te faz enxergar o mundo de um jeito diferente…” ou então “aprendi com meu filho o que é o mais importante na vida”, eu tinha dificuldade de compreender, não entendia o que isso significava, parecia uma coisa meio “encantada”, frases de alguém mto apaixonada, quase como se estivesse cega. E na época, que eu ainda não tinha passado pelo portal da concepção, gestação e parto dos meus filhos eu achava que nunca seria essa pessoa que repetiria essas frases que traduzem o “antes” e o “ depois” dos filhos.

Ser mãe nunca foi um sonho, eu não idealizava essa fase da vida, mas tampouco tinha noção do que significava.

Mas aí minha vez chegou, sem mesmo que eu sonhasse tanto com a transformação interna a partir da maternidade...mas ela veio e me acertou em cheio. E ainda me acerta, diariamente.

E então eu percebi que essa história de criar filhos é na verdade uma grande possibilidade de transformação, de evoluir, de pensar a partir de um novo ponto de vista, é sentir coisas sem explicação e querer ser um pouquinho melhor, cada dia, mas também se sentir péssima em muitos momentos do processo. A frase "confia no processo" me apóia nesse turbilhão.

Mas sem querer romantizar, sem querer também colocar nos filhos a responsa de fazer os adultos serem seres melhores. Se autoconhecer, se autodesenvolver pressupõe estar disposta a passar perrengue, a enfrentar desafios...doloridos muitas vezes. Daqueles que você pensa "por que me meti nisso?"...

Não sei você, mas junto da maternidade, eu ganhei novas palavras no meu dicionário pessoal: comunidade, pertencimento, cumplicidade, sororidade, rede de apoio, intuição. O maternar me faz afinar minha visão de mundo, me faz questionar valores, questionar demandas.

Para abrir o ano de 2022, recomeçamos o podcast Mercúrio com um episódio falando de maternidade, de desconstrução das adultas que somos, de coerência, de ritmos, de homeschooling, de pedagogia Waldorf e claro, de autodesenvolvimento.

Nossa convidada do papo é Camila Carpentieri, idealizadora do projeto Mundo Pra Elas, que já viajou mais de 9000km pelo Brasil conhecendo escolas e projetos transformadores na área da educação. Ela compartilha suas vivências no homeschooling e o processo de desconstrução do adulto pra tornar isso possível.


Como isso se relaciona com a sua vida? O que você desconstruiu a partir da maternidade? Se a maternidade e paternidade nos demandam ser espelhos para as crianças, que tipo de modelo somos e queremos ser? O quão humana você se permite ser diante dos seus filhos?

Vamos refletir juntas ao longo desse episódio sobre tudo isso. Eu sigo aqui buscando o caminho do meio, atenta para ser uma boa margem para meus pequenos e ao mesmo tempo, cuidar do meu físico, etérico e astral para uma atuação coerente do meu EU.

Dá o play e conta pra gente o que achou!



A FILHA PERDIDA, do Netflix

Essa semana assisti ao filme A FILHA PERDIDA, que está disponível no Netflix e é baseado no romance da escritora italiana Elena Ferrante. Acho que a melhor palavra pra descrever o que senti ao longo do filme é desconforto. A obra marca a estreia de Maggie Gyllenhaal como diretora e tem atuações brilhantes de Olivia Colman e Dakota Johnson.

O filme traz a ambiguidade, a ambivalência da maternidade, nua, crua e nada politicamente correta ou socialmente aceita. E talvez por isso traga tanto desconforto. É desconfortável se enxergar, se compadecer e se sentir cúmplice de uma personagem tão real. O que ela diz sobre nós, mães, mulheres que começam a se permitir falar sobre a luz e sombra da maternidade e da condição da mulher moderna. As personagens femininas do filme mostram todas as nossas faces, ou quase todas. Eu que sou uma manteiga derretida para qualquer filme, nesse, não derramei nenhuma lágrima, mas acho que foi por choque, por reconhecer toda a humanidade naquelas mulheres. Ainda estou digerindo o filme, mas com certeza, a obra me provoca a dizer mais do que "gostei" ou "não gostei". E você, já assistiu? Outro filme dramático com a temática da maternidade real é Tully, com Charlize Theron, fica a dica! Estamos prontas e prontos pra conversas sobre luzes e sombras?

Beijo grande,

Debora Garcia

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